Fui há algum tempo consultor externo de uma empresa de renome mundial para uma área de negócio que desconhecia antes de se me colocar este desafio pelo meu "empregador": O clipping.
Para quem não sabe, o clipping é como uma indústria. Entram "coisas" dos média (Media em Inglês) e saem produtos. Os produtos são normalmente comprados por quem quer saber coisas sobre os média. Quanto é que eu apareço na TV ou na rádio (noticiários, debates)? Quantas vezes apareceu a minha publicidade no jogo em que o Porto "levou 5-0 na pá"? Qual o retorno do meu investimento em publicidade (sim, pode ser quantificado)? etc.
Estas empresas são autênticas fábricas: No caso dos escritórios que bem conheço em Coimbra, esta multinacional tem um pavilhão de pessoas a digitalizar a imprensa escrita e a retalhar aos pedaços as notícias, página a página, identificando depois numa segunda fase palavras chave (de dicionário ou as encomendadas pelos clientes). Tem outras salas destinadas a pessoas que quantificam tempos de antena na TV e rádio, programa a programa, jogo de futebol a jogo de futebol.
Parece interessante e alguma desta actividade é suportada por máquinas ou programas de computador. Mas como em muita coisa na vida, o resultado final tem de ser supervisionado por pessoas, que são os empregados que vêm 5 vezes o mesmo jogo de futebol a contabilizar o tempo de antena para a empresa A, a empresa B, a empresa C e por aí adiante, até à quinta empresa. Deve ser giro ser pago para fazer isto no primeiro dia. No segundo já não sei.
Conhecendo esta actividade, esta era uma forma interessante (e possível, disponível à data de hoje) de quantificar o impacto e a presença dos Beatles em Portugal ou até no mundo. Há empresas destas em todo o lado por isso essa quantificação existe desde há muito.
Se és um dos privilegiados que tens acesso a esta informação (que é paga e bem paga, note-se), chega-te à frente e partilha estes dados connosco. Fica o desafio.
@2015-12-03, dia dos 50 anos do lançamento do "Rubber Soul".
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